A criança hiperactiva é incapaz de controlar a sua atenção, impulsividade e actividade motora.
- Não é uma ausência de vontade para o fazer.
- É uma ausência de controlo que efectivamente traz consequências.
Causas
Genéticas
Se um dos pais tiver sido “hiperactivo” tem 30% de hipóteses de ter um filho com PHDA
Ambientais
- Nascimento Prematuro ou com muito baixo peso;
- Asfixia no momento do parto;
- Traumatismo cranianos;
- Passar muito tempo a ver televisão ou a jogar jogos de consola/computador;
- Falta de afectividade, de cuidados parentais.
Diagnóstico
No diagnóstico, o principal é ter em consideração o comportamento destas crianças que devem, forçosamente, englobar:
- Actividade excessiva (inquietação motora, agitação);
- Distracção (dificuldade de concentração, atenção dispersa);
- Impulsividade (tendência a agir sem reflectir).
Quadro Clínico
- Dificuldade em terminar tarefas ou projectos;
- Facilidade em distrair-se;
- Dificuldade em concentrar-se;
- Problemas de organização e disciplina;
- Concentração aumentada quando a informação e/ou tarefa é interessante ou estimulante;
- Inteligência acima da média mas com maus resultados na escola;
- Maior facilidade em aprender com ajudas visuais ou através de movimento;
- Ansiedade /Impulsividade / Insatisfação;
- Bater com os dedos ou outros objetos como lápis na mesa;
- “Cabeça no ar”;
- Mudanças de humor ou disposição repentinas;
- Tiques nervosos.
Tratamento
O tratamento desta perturbação é multidisciplinar e pode incluir acompanhamento médico, psicológico, pedagógico, apoio aos pais e tratamento farmacológico.
O recurso à medicação só deve ser feito após uma avaliação médica especializada, incluindo o estabelecimento do diagnóstico.
Dos medicamentos que, actualmente, são mais usados, salientamos os psicoestimulantes (Metilfenidato, Risperdona). O efeito dos psicoestimulantes consiste no aumento da capacidade de atenção/concentração,diminuição da impulsividade e da agressividade, melhorando as relações interpessoais e o desempenho da criança. O seu efeito surge logo nos primeiros dias, desde que a dose seja adequada. As tomas são diárias, podendo ser feita uma interrupção do tratamento durante o período do fim-e-semana e das férias escolares, de acordo com a indicação médica.
Actualmente, existem um sem número de crianças com PHDA ou Hiperativas e infelizmente algumas delas não o são… São crianças com falta de regras, a “fazerem tudo” o que querem, e que não estão habituadas a respeitar “ordens”… Infelizmente, assisto, diariamente, a estes comportamentos (desobediência, falta de regras, má educação) de crianças que nada têm a haver com PHDA, mas cujos pais acham ser PHDA…
Todas as crianças, são activas, curiosas, exploradoras do que as rodeiam ou seja… Irrequietas… Isto é saudável e normal… O papel educativo dos pais, em contrariar, em dizer Não, em castigar, no fundo educar, deve estar presente, sempre…
Por último, relembro que a criança com PHDA é incapaz de controlar a sua atenção, impulsividade e a sua atividade na generalidade.
Não é uma ausência de vontade para o fazer, mas sim uma ausência de controlo que traz consequências devastadoras para a vida da criança e familiar…