A Bronquiolite é uma doença mais frequente até aos 2 anos de idade. Trata-se de uma infeção respiratória que se caracteriza pela inflamação dos bronquíolos, sendo 60% a 90% dos casos de origem viral e destes o mais frequente é o VSR (Vírus Sincicial Respiratório), podendo também causadas por Influenza, Parainfluenza e Adenovirus. Tem predomínio nos meses mais frios (de Outubro a Março) e é uma das mais frequentes causas de internamento em Pediatria no Inverno. Habitualmente a sua evolução é favorável, contudo nos prematuros ou nos meninos com patologia crónica pode ser grave.
Quais são os sintomas?
— Tosse
— Farfalheira (secreções acumuladas nos brônquios)
— Pieira ou Chiadeira (respiração com “assobio”)
— Falta de ar
— Febre baixa (habitualmente)
— Vómitos (desencadeados pela tosse e secreções)
— Irritabilidade
— Dificuldade em se alimentar
Como se transmite?
Fundamentalmente por contacto direto, através das secreções (espirros, acessos de tosse), objetos contaminados (brinquedos). O vírus contagia-se quando a criança espirra ou tosse, expulsando as secreções, depositando-se, por exemplo em brinquedos ou outros objetos que a criança toca, e depois leva as mãos à boca ou ao nariz. Geralmente, são contagiadas por outras crianças, sendo mais provável entre as que frequentam o infantário.
Tratamento
O tratamento, infelizmente, não é assunto em que todos os pediatras estejam de acordo.
Na minha prática clínica, utilizo muitas vezes terapêutica inalatória e corticoides orais, já que melhoram substancialmente os sintomas da criança, além da cinesioterapia respiratória (ginástica respiratória) que deve ser sempre avaliada pelo médico, através da auscultação e nunca sem este controlo.
O internamento é habitualmente nas crianças com menos de 3 meses, ou que apresentem falta de ar com diminuição do oxigénio no sangue, ou ainda com recusa alimentar.
A criança com Bronquiolite tem de ser, sempre, observada pelo médico assistente e devidamente acompanhada durante o tempo de doença.