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Crianças Hiperativas e Defice de Atenção (PHDA)

Fevereiro 5, 2016
Crianças Hiperativas e Defice de Atenção (PHDA)
A PHDA ou Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção é uma diminuição ou ausência de controlo na criança.
 A criança hiperactiva é incapaz de controlar a sua atenção, impulsividade e actividade motora.
 
  • Não é uma ausência de vontade para o fazer.
  • É uma ausência de controlo que efectivamente traz consequências.
A PHDA não é falta de concentração por falta de empenho ou um comportamento indisciplinado resultante da educação dada pelos pais.
A PHDA  é actualmente a “desordem mental” mais diagnosticada em crianças, estimando-se que 6 a 8%  de todas as crianças em idade escolar tenham PHDA. 
 Esta perturbação é cerca de seis vezes mais frequente nos rapazes do que nas raparigas.
As estatísticas indicam que cerca de 40% das crianças, diagnosticadas, deixam de ter sintomas durante a adolescência ou seja o cérebro, com a ajuda de factores ambientais, “encontra o caminho” para o normal desempenho e desenvolvimento.

Causas

  Genéticas

  Se um dos pais tiver sido “hiperactivo” tem 30% de hipóteses de ter um filho com PHDA

  Ambientais

  • Nascimento Prematuro ou com muito baixo peso;
  • Asfixia no momento do parto;
  • Traumatismo cranianos;
  • Passar muito tempo a ver televisão ou a jogar jogos de consola/computador;
  • Falta de afectividade, de cuidados parentais.

Diagnóstico

No diagnóstico, o principal é ter em consideração o comportamento destas crianças que devem, forçosamente, englobar: 

  • Actividade excessiva (inquietação motora, agitação);
  • Distracção (dificuldade de concentração, atenção dispersa);
  • Impulsividade (tendência a agir sem reflectir).

Quadro Clínico

  • Dificuldade em terminar tarefas ou projectos;
  • Facilidade em distrair-se;
  • Dificuldade em concentrar-se;
  • Problemas de organização e disciplina;
  • Concentração aumentada quando a informação e/ou tarefa é interessante ou estimulante;
  • Inteligência acima da média mas com maus resultados na escola;
  • Maior facilidade em aprender com ajudas visuais ou através de movimento;
  • Ansiedade /Impulsividade / Insatisfação;
  • Bater com os dedos ou outros objetos como lápis na mesa;
  • “Cabeça no ar”;
  • Mudanças de humor ou disposição repentinas;
  • Tiques nervosos.

Tratamento

O tratamento desta perturbação é multidisciplinar e pode incluir acompanhamento médico, psicológico, pedagógico, apoio aos pais e tratamento farmacológico.

O recurso à medicação só deve ser feito após uma avaliação médica especializada, incluindo o estabelecimento do diagnóstico.

Dos medicamentos que, actualmente, são mais usados, salientamos os psicoestimulantes (Metilfenidato, Risperdona). O efeito dos psicoestimulantes consiste no aumento da capacidade de atenção/concentração,diminuição da impulsividade e da agressividade, melhorando as relações interpessoais e o desempenho da criança. O seu efeito surge logo nos primeiros dias, desde que a dose seja adequada. As tomas são diárias, podendo ser feita uma interrupção do tratamento durante o período do fim-e-semana e das férias escolares, de acordo com a indicação médica.

Actualmente, existem um sem número de crianças com PHDA ou Hiperativas e infelizmente algumas delas não o são… São crianças com falta de regras, a “fazerem tudo” o que querem, e que não estão habituadas a respeitar “ordens”… Infelizmente, assisto, diariamente, a estes comportamentos (desobediência, falta de regras, má educação) de crianças que nada têm a haver com PHDA, mas cujos pais acham ser PHDA…

Todas as crianças, são activas, curiosas, exploradoras do que as rodeiam ou seja… Irrequietas… Isto é saudável e normal… O papel educativo dos pais, em contrariar, em dizer Não, em castigar, no fundo educar, deve estar presente, sempre…  

Por último, relembro que a criança com PHDA é incapaz de controlar a sua atenção, impulsividade e a sua atividade na generalidade.

 Não é uma ausência de vontade para o fazer, mas sim uma ausência de controlo que traz consequências devastadoras para a vida da criança e familiar…

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