A febre é um sinal que muita assusta os pais e o motivo mais frequente de recurso às urgências.
Assim a febre constitui um aumento da temperatura corporal em resposta a vários fatores, podendo ter múltiplas causas, sendo a infeciosa a mais frequente.
Outra confusão que frequentemente existe é ovalora partir do qual consideramos febre e olocalonde a devemos medir.
Até aos 2 anos a temperatura rectal é a temperatura real, portanto é aí que deve ser medida.
Consideramos febre :
– Temperatura rectal igual ou superior a 38ºC
– Temperatura timpânica (ouvido) igual ou superior a 37.5ºC
– Temperatura axilar (debaixo do braço) igual ou superior a 37.2ºC
As causas podem ser múltiplas, desde as mais inocentes às mais graves:
– Infeciosa (viral ou bacteriana)
– Calor excessivo (demasiada roupa)
– Exercício físico extremo
– Psicológicas
– Oncológicas
Como devemos tratar a febre?
– Não agasalhar acriança; Preferencialmente dispa-a.
– Dê um banho com água a temperatura ligeiramente inferior do habitual (2 ºC abaixo da temperatura corporal), assim a criança vai arrefecendo lentamente (é um erro comum dar-se banho com água fria ou quase fria! Não o deve fazer!).
– Reforce a ingestão de líquidos (o aumento da temperatura corporal provoca perda hídrica, podendo levar à desidratação). Não insista para comer. Não deve dar lacticínios no pico febril.
– Dê Paracetamol (Ben-u-ron) de 8h/8h ou se necessário de 6h/6h na dose correta (ajustada ao peso).
– Ibuprofeno (Brufen) de 8h/8h na dose correta (ajustada ao peso). Pode ser alternado com paracetamol (Ben-u-ron), por indicação médica.
Não se deve administrarBrufenantes dos 5 meses, salvo se por indicação do médico assistente que conhece a criança.
Quando deve recorrer ao médico assistente?
– Criança com menos de 3 meses
– Febre com mais de 48h, sem tendência para melhorar
– Febre acima dos 40ºC ou que não baixa com a medicação
– Manchas na pele
– Gemido
– Dor de cabeça intensa
– Vómitos repetidos
– Prostração intensa (recusa em comer, recusa em brincar)
Quais as complicações da febre?
– Desidratação
– Alterações neurológicas, como desorientação, delírio, alucinações.
– Convulsão febril (esta é uma situação de emergência, devendo levar a criança de imediato ao hospital, para prevenir futuras sequelas).