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Março 2016

    A Sarna voltou… e em grande…!

    A Sarna voltou… e em grande…!

    A Sarna humana ou Escabiose, em linguagem médica, é uma parasitose que se apresenta como uma doença na pele (dermatose) devido a uma infestação originada pelo ácaro Sarcoptes scabiei variante hominis, muito frequente na população pediátrica. Atinge todos os países, a nível mundial, sendo mais frequente nos países subdesenvolvidos.

    É, altamente, contagiosa e difícil de tratar…

    Infelizmente, têm havido muitos casos, quer em adultos, quer em crianças, sobretudo nas que frequentam infantário!

    Os surtos realizam-se, ciclicamente, a cada 15 a 30 anos (estamos num surto) e dependem de muitos fatores:

    • Hábitos de higiene;
    • Condições habitacionais;
    • Aglomerados habitacionais (neste momento, muito comum em lares de idosos, infantários…)  

    Esta parasitose acontece em ambos os sexos e raças, assim como em todas as idades e em todos os níveis socioeconómicos.

    Este parasita é exclusivo da raça humana, não sobrevivendo muitas horas noutros animais.

    Período de Incubação

    Os primeiros sintomas ocorrem 3 a 6 semanas depois do parasita se instalar, mas nas re-infestações, os sintomas reaparecem 1 a 3 dias depois.

    Via de Transmissão (Contágio)

    O contágio faz-se por contacto direto ou seja “pele com pele” infetada e é muito contagiosa.

    Se o tratamento não for bem feito ou se não fizerem todos os que estão infetados, as recidivas são muito frequentes e muito mais difíceis de tratar.

    Quadro Clínico

    • Comichão muito intensa, sobretudo à noite.
    • Nos bebés de 2-3 meses, muitas vezes não existe prurido.
    • Atualmente existem casos que cursam sem prurido (formas atípicas).
    • Zonas de pele avermelhada (Eritema) ou zonas avermelhadas com rugosidade (Exantema), numa fase inicial.
    • Com a evolução, surgem vesículas (“borbulhas”) e papúlas (“pequenos altos”), com “vincos” escuros na pele ou “galerias” (são os túneis feitos pelo parasita).
    • Com a comichão sempre a aumentar, pode haver sobre-infecção com formação de pústulas.
    • Atinge mais as zonas entre os dedos, palmas das mãos, plantas dos pés, punhos, cotovelos, axilas, joelhos, nádegas, zona púbica

     

    Tratamento

    • Todos os contactos infetados devem ser tratados ao mesmo tempo (isto é de extrema importância para se erradicar a doença).
    • Anti-histaminicos (Atarax, Fenistil gotas, etc) para diminuir a comichão.
    • Medicamentos antiparasitários que actuam (directamente) no parasita:
      • Permetrina a 5% . É o tratamento tópico ideal. Não é comercializado em Portugal, mas existem várias farmácias que fazem o “manipulado”, quando prescrito pelo médico.
      • Benzoato de Benzilo (Acaryl Bial).
      • Enxofre na formula de manipulado ou precipitado de 6 a 10% em vaselina, sendo a alternativa para bebés com idade inferior a 3 meses, mulheres grávidas ou a amamentar.
      • Ivermectina  comprimidos 

    As crianças infetadas devem  manter-se afastadas das escolas/infantários durante todo o tratamento e só poderão voltar, após confirmação médica de que estão tratadas e curadas.

    Março 15, 2016 0 comentário
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Paula Vara Luiz

Médica
Especialista em Pediatria

Clínica Paula Vara Luiz
Morada: Travessa do Forno 7-B
2050-114 Aveiras de Cima
Telefone - 263 478 117
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